
Embora sendo um apreciador de arte eclético, tenho preferências e gostos próprios, que vão ao encontro da minha personalidade. Gosto de todo o tipo de arte, mas no topo coloco a pintura, a escultura, a música e a literatura. Se literatura e música de boa qualidade posso consumir à Lagardère, já pintura e ou escultura do mesmo nível, só se for roubada, gamada, copiada ou imitada. Infelizmente, a carteira ainda não me permitiu adquirir algumas obras originais destas duas formas de arte que admiro particularmente. Todavia, isso não me impede, de vez em quando, de admirá-las provincianamente nos museus virtuais desse mundo afora.
Os conhecimentos que possuo sobre história da arte, levam-me a adoptar o romantismo, o naturalismo, o realismo, e o cubismo como os movimentos artísticos de eleição.
Sendo tão distintos e até radicais na sua concepção, não consigo gostar mais de um do que de outro movimento. Gosto igualmente dos 4 movimentos. É como a música. Tanto ouço fado, pop, rock, reggae, jazz, música clássica ou disco sound friday night. A escolha do estilo, depende do momento circunstancial, do estado de espírito e de alma, da companhia, do estado tensional, etc.
Assim, em determinados instantes, prefiro admirar reflexivamente e criticamente, um quadro do co-fundador do cubismo e autor do intemporal "Guernica" - é aquele tipo que tinha 26 nomes e no final apelido de carro da citroën, Picasso - e noutros, autores naturalistas como o José Malhoa ou o Van Gogh. No realismo, extasio com a "Origem do Mundo" de Gustave Coubert, e com a arte de beleza pura das páginas da Playboy brasileira.
Tudo isto do mundo das artes, vem a propósito da minha última descoberta no campo da pintura. Ontem, dia 8 de Abril de 2010, descortinei o quadro intitulado de "O número 4" da autoria do artista Rafael Benitez Maudes "Galinhasso", numa galeria de Liverpool. Decidi expô-lo no blogue Tripeiro Conbictu, para que todos possam apreciar esta verdadeira obra-prima do cubismo. Reparem na geometrização do algarismo 4 e na forma pictórica como é apresentado; notem o movimento frontal e circular à volta da superfície plana e a representação do 4 sob várias perspectivas e aspectos como se movesse em torno de um mundo fictício de utopia e de sonho galináceo. Vejam o 4 numa perpesctiva abrangente angular, de lado, por trás, por cima e por baixo, compreendendo e percebendo todos os planos e volumes.
É um quadro demasiado belo para se ficar indiferente. Adorei este quadro, sobretudo por não ter nada de abstracto. Todo ele é muito objectivo e concreto.
Mesmo que não o sejam, apreciem e admirem o quadro com olhos de verdadeiros Marchand` Art.
"O número 4" é uma obra-prima genial... .